segunda-feira, 26 de maio de 2008

Gostamos dela mesmo assim!


Antes de iniciar a discussão, vamos citar alguns fatos...

Novembro de 2007, o RP de Amy Winehouse se demite, afirmando que Amy e seu marido Blake prejudicaram sua saúde devido ao uso de drogas. O indivíduo afirma que inalava heroína passivamente dentro do ônibus de turnê do casal. Após isso, o RP foi ao médico, que lhe entregou um relatório comprovando que sua saúde foi afetada. Amy e seu marido deram risada do relatório, e reza a lenda que ficaram felizes com a demissão de seu “manager”, e que não viam a hora dele ir embora.

Pessoas próximas da cantora diziam que o RP tinha que vigiá-la a todo momento, e vê-la se destruindo com as drogas. Entrar no palco era um inferno, ele nunca sabia quando ela conseguiria cantar e cumprir seus compromissos. Dizem também, que o relatório foi forjado, e era só uma desculpa para que o RP pudesse se demitir com dignidade.

Agora em 2008, Amy contratou um novo profissional para auxiliá-la com sua “imagem” e seus compromissos, mas bem... 1 mês depois da contratação rolam boatos que eles estariam vivenciando um lindo romance.

A questão é: Até que ponto um relações públicas de uma pessoa famosa deve interferir em sua vida?

No caso de Amy Winehouse, há praticamente um milagre. Mesmo com um RP vigiando-a 24 horas por dia, a cantora rebelde continua aparecendo nos jornais e programas de TV visivelmente abalada pelo uso das drogas, semi-nua, descabelada e louca, mas nada disso parece afetar a relação dela com seus fãs. E tem mais! Ultimamente Amy está fazendo shows cada vez mais curtos, mais sem voz, mais drogada e acabada. Alguns fãs andam reclamando que a cantora começa a desabafar sobre seus dramas no palco, e até ofende o público, mas mesmo assim, eles continuam comprando ingressos para os próximos shows.

A patrulha se pergunta - Como cuidar da vida profissional de uma pessoa dessas?

O que deveria um RP fazer nesse caso:

Tentar minimizar as desgraças ou Deixar que a auto-destruição da cantora faça parte do seu show?



Fonte de pesquisa: www.thesun.co.uk

terça-feira, 20 de maio de 2008

JetBlue, viagem a lugar nenhum.


New York, em pleno dia dos namorados...
Em 14 de fevereiro de 2007, vários vôos saindo de New York foram impedidos de decolar devido à uma nevasca, porém, um vôo da companhia aérea JetBlue chamou atenção devido a um atraso de apenas 11 horas.
Um pequeno detalhe que chama atenção é que todos os passageiros foram obrigados a permanecer na nave o tempo todo, não devido ao caos lá fora, mas sim devido ao congelamento de alguns equipamentos do avião e à falta de treinamento da equipe para solucionar este tipo de problema.
Apassageira Elizabeth Regale descreve um pouco a sua viagem: “foi uma viagem a lugar nenhum, você tem que entender nossa frustração, olhávamos pelas janelas do avião e víamos a poucos metros o portão de saída, poderíamos sair andando, porém ninguém nos deixava abandonar a nave!”.
Pra piorar ainda mais, devido à política de baixo custo, a empresa só tinha para fornecer de alimento, nada mais nada menos do que salgadinhos (isso mesmo, aqueles de isopor). A ida ao banheiro era controlada, devido ao número de pessoas na nave. A principal estratégia das aeromoças era abrir a porta de 20 em 20 minutos para que os passageiros pudessem receber oxigênio.
Resumindo, dezenas de recém-casados tiveram que cancelar suas luas de mel para Aruba, devido à JetBlue.
Neeleman, o relações públicas da empresa, disse que a mesma assume a falha, mas não como estratégia de marketing, e sim pelo fato de ser o certo a se fazer. A JetBlue ofereceu aos passageiros afetados, passagens de graça e o reembolso do dinheiro, a empresa também criou uma cartilha de direitos do consumidor, estabelecendo valores a serem pagos aos passageiros caso o problema ocorra novamente. Neeleman também afirma que agora a equipe está treinada para acidentes do tipo, e dá uma dica às empresas aéreas brasileiras: “Os EUA conseguiram mudanças positivas formando parcerias com seus concorrentes, e que as próprias empresas aéreas colaboram com a FAA (força aérea americana) para melhorar as condições das pistas, é tudo uma questão de colaboração e companheirismo”. Aham, - Aí TAM e Gol, fiquem amigas e arrasem!

O veredicto da patrulha:
Realmente a JetBlue falhou e feeeeio na hora do acidente! Os passageiros tinham condição de sair da nave, pois a nevasca não estava tão forte no solo, e sim nas nuvens, onde realmente o avião não poderia ficar. Deveria haver algum tipo de treinamento de evacuação da nave, regras a seguir quando isso ocorresse, e uma equipe de resgate que ao menos levasse mantimentos aos passageiros, até mesmo porque, NY enfrenta frequentemente esse tipo de problema.
Neeleman, o relações públicas, realmente fez o melhor assumindo o problema da empresa, só não deveria ter dado tantas informações sobre a veracidade do amor em seu coração, ficou parecendo falsa a parte da entrevista em que ele reforça que a JetBlue está sendo sincera e que não está fazendo uma campanha de marketing. Óbvio que estão fazendo uma campanha de marketing, e se não estão, deveriam! Nessa altura do campeonato, pedir desculpas e reembolsar não bastam, essas são as palavras dos próprios passageiros indenizados. A empresa deveria realizar uma nova campanha publicitária, focando as melhorias nos serviços, numa tentativa de levantar sua imagem.


Nota 7 para o RP da Jet Blue!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Os Arquitetos da Imagem e da Estrutura

Muitas pessoas não sabem o que faz um Relações Públicas, e nessa mesma medida, muitas pessoas não conseguem explicar claramente o que faz um Relações Públicas.
Não vem ao caso aqui, escrever um livro sobre nossa profissão, se você está aqui é porque já sabe, e se acompanhar nosso blog, vai saber mais.
No Patrulha da RP vamos analisar casos de empresas e pessoas que fizeram algum tipo de discurso a algum público, sendo esse discurso bem, ou mal sucedido (muito mais divertido, convenhamos!). Sem dó nem piedade, vamos analisar e julgar cada detalhe do caso, cada palavra dita pelo RP, dando assim, tchanam: uma NOTA! Isso mesmo, daremos uma nota para o trabalho do RP, como em um concurso de Miss. Juntamente com a nota, vem o diagnóstico e a receita médica.
Vale citar aqui, que a idéia de nosso blog surgiu da leitura de um texto chamado “Poder Nômade e Resistência Cultural”, do Critical Art Ensemble (lá no final do post indicamos o site). Então, após incorporarmos o espírito do Critical Art Ensemble, pensamos: Sendo nós neste momento ativistas culturais, mais conhecidos como artistas, como poderíamos produzir algum tipo de distúrbio? A resposta é a forma criativa e satírica (porém séria, acreditem!) que escolhemos para tratar a profissão e tentar compartilhar com os internautas algumas dicas e informações sobre o que acontece no mundo dos relações públicas nesse momento.
Perante tanta concorrência no mundo dos blogs, nas enchentes de futilidades, esperamos sinceramente que esse pequeno distúrbio criado por nós, consiga restabelecer um discurso crítico e reflexivo nos leitores sobre o que realmente está em jogo, e possivelmente desvendar os modelos de resistência que ainda existem nos meios de comunicação das empresas.
Ah, a propósito... nós somos:


Aguardem o próximo post com o primeiro caso!

Fonte de Pesquisa:
www.critical-art.net